domingo, 21 de agosto de 2011

A VONTADE


Todas as necessidades suscitam impulsos correspondentes dirigidos à própria satisfação. Os impulsos relativos às necessidades elementares são mais ou menos cegos, instintivos e inconscientes. Porém, quanto às necessidades mais pessoais, os impulsos levam gradualmente aos atos conscientes e volitivos, que visam à satisfação. Portanto, toda necessidade suscita, mais cedo ou mais tarde, uma vontade correspondente.
            O resultado da insatisfação com aquilo que é sentido como falta de significado em atual modo de vida - tanto pessoal, como social - é que muitas pessoas sentem-se fortemente compelidas a fugir dele. Ao obedecer a esse impulso, podem tentar lançar-se além das limitações comuns da consciência e atingir estados de maior expansão e intensidade. Infelizmente, poucas pessoas, embora com as melhores intenções, tentam atingir esses estados por intermédio de meios prejudiciais e até destrutivos.
            No dia-a-dia é muito frequente o desejo de mudar e a impossibilidade de fazê-lo. O desejo de abandonar a droga, abandonar o jogo, diminuir a comida que engorda é uma constante. Só haverá mudança quando surgir a vontade. Mas, segundo Assagioli, a verdadeira função da vontade não é atuar contra os impulsos da personalidade e forçar a realização de propósitos. A vontade tem função diretriz e reguladora, equilibra o construto da fisiologia energética sem reprimir nenhuma delas. 
             Faz sentido e é desejável, do ponto de vista teórico, a criação de uma abordagem sobre a Vontade voltada para a exploração e o desenvolvimento de potencialidades  aplicadas a Educação a Distância ?

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